Se você é apaixonado por leitura, já deve ter se perguntado quais são os livros clássicos para ler pelo menos uma vez na vida.
Essas obras não são chamadas de “clássicos” à toa. São histórias que atravessaram gerações e continuam sendo relevantes, encantando leitores com suas tramas envolventes, personagens profundos e lições atemporais.
Eu sei, às vezes pode parecer meio intimidador pegar um livro clássico. A gente sempre pensa que vai ser complicado, difícil de entender, mas a verdade é que essas obras têm muito mais a oferecer do que a gente imagina.
E o melhor de tudo? Cada um desses livros clássicos carrega um pouco da história da humanidade, nossos desafios, amores e dilemas.
Então, se você quer mergulhar em leituras que vão te fazer refletir, emocionar e, quem sabe, mudar a forma como você enxerga o mundo, vem comigo!
Essa narrativa causou desconforto ao satirizar a ditadura stalinista numa época em que os soviéticos ainda eram aliados do Ocidente na luta contra o eixo nazifascista. Mais de sessenta anos depois de escrita, a obra mantém a energia e o brilho de uma atemporal história sobre as fraquezas humanas que levam ao desgaste dos grandes projetos de revolução política. É irônico que o escritor, para fazer esse retrato cruel da humanidade, tenha recorrido aos animais como personagens. De certo modo, a inteligência política que humaniza seus bichos é a mesma que animaliza os homens.
Trata-se de um poema clássico da literatura mundial com características épicas e teológicas, escrito por Dante Alighieri, no século XIV. O enredo é dividido em três partes: o Inferno, o Purgatório e o Paraíso. São cem narrativas protagonizadas pelo próprio Dante em companhia do poeta romano Virgílio, que percorreu uma jornada espiritual pelos três reinos além-túmulo. Uma leitura instigante.
Winston vive aprisionado na engrenagem totalitária de uma sociedade completamente dominada pelo Estado, onde tudo é feito coletivamente, mas cada qual vive sozinho. Ninguém escapa à vigilância do Grande Irmão, um poder cínico e cruel, além de vazio de sentido histórico. Esta obra de George Orwell ainda se impõe como uma poderosa reflexão sobre os excessos delirantes, mas perfeitamente possíveis, de qualquer forma de poder incontestado, seja onde for.
Tolstói conduz o leitor por um romance cheio de música, perfumes e vestidos de renda, tendo como cenário a Rússia czarista. Numa infinidade de personagens, ninguém está inteiramente a salvo de julgamento. Religião, família, política e classe social são postas à prova no trágico caminho traçado por uma aristocrata casada que, ao se envolver em um caso extraconjugal, experimenta as virtudes e os desgostos de um amor profundamente conflituoso
Este clássico moderno mostra uma sociedade inteiramente organizada segundo princípios científicos. Um mundo de pessoas programadas em laboratório e adestradas para cumprir seu papel numa sociedade de castas biologicamente definidas já no nascimento. A obra critica os governos totalitários de esquerda e de direita, o terror do stalinismo e a barbárie do nazifascismo. O objeto é a sociedade capitalista, industrial e tecnológica, na qual a racionalidade se tornou a nova religião, a ciência é o novo ídolo, um mundo no qual a experiência do sujeito não parece mais fazer nenhum sentido.
O tom assumido na obra, bem como as técnicas empregadas em sua composição, são alguns dos fatores que justificam o lugar de Machado de Assis entre os maiores escritores do século XIX. Neste romance, o escritor se vale da posição privilegiada de Brás Cubas, que, como defunto, narra a sua história e revela as contradições da sociedade brasileira do século XIX, por meio de uma análise detalhada de seus personagens
Victor é um cientista que dedica a juventude e a saúde para descobrir como reanimar tecidos mortos e gerar vida artificialmente. O resultado de sua experiência, um monstro que o próprio Frankenstein considera uma aberração, ganha consciência, vontade, desejo, medo. Criador e criatura se enfrentam. São opostos e, de certa forma, iguais. A história nos leva a refletir de que o verdadeiro monstro está dentro de nós.
Esta obra clássica narra a história de humanos lutando para sobreviver às investidas do vampiro Drácula. O grupo formado por Jonathan Harker, Mina Harker, dr. Van Helsing e dr. Seward tenta impedir que a criatura se alimente de sangue humano na Londres da época vitoriana, no final do século XIX. Um clássico do terror, Bram Stoker define em Drácula a forma como nós entendemos e pensamos os vampiros atualmente. Mais que isso, ele traz esse monstro para o centro do palco da cultura pop do nosso século e eterniza o vilão de modos refinados e comportamento sanguinário.
O tema racismo percorre a narrativa de Scout, criança sensível, filha do advogado Atticus Finch, responsável pela defesa de um homem negro acusado de estuprar uma mulher branca no Alabama, no início dos anos 1930. A história é composta por reflexões importantes sobre o preconceito racial e social, o conformismo diante das injustiças e a maldade destilada em relações banais e familiares. Scout, no entanto, enxerga a realidade com o frescor dos olhos infantis e conta a sua história, deixando um improvável rastro de esperança.
10. Alice: Aventuras de Alice no País das Maravilhas & Através do Espelho e o que Alice encontrou por lá
Esta é a clássica história de uma menina chamada Alice que entra em uma toca atrás de um coelho branco e cai em um mundo de fantasia. Em outro momento, a menina entra em um espelho se deparando com um universo paralelo. Encontrando personagens improváveis e impressionantes, Alice terá aventuras repletas de imaginação e reflexões. Uma leitura instigante para adultos e crianças!
“Vidas secas” retrata a vida miserável de uma família de retirantes sertanejos obrigada a se deslocar de tempos em tempos para áreas menos castigadas pela seca. O pai, Fabiano, caminha pela paisagem árida da caatinga do Nordeste brasileiro com a sua mulher, Sinha Vitória. A família é acompanhada pela cachorrinha, Baleia, cujo nome é uma ironia, pois a falta de comida a fez muito magra. A obra denuncia as amarguras do povo brasileiro, principalmente a situação de miséria do sertão nordestino.
O professor Lidenbrock consegue decifrar o enigma de um misterioso pergaminho de um cientista do século XII e se junta ao seu sobrinho, o jovem Áxel, para checar a possibilidade de chegar ao centro da Terra seguindo o relato decifrado. Uma obra cheia de aventura e surpresas que prenderá a atenção do leitor do início ao fim.
“O conde de Monte Cristo” é um clássico da literatura mundial que mexe com a imaginação e a sensibilidade de milhões de leitores há mais de 170 anos. Alexandre Dumas prende o leitor numa história de tirar o fôlego, através de traições, denúncias anônimas, tesouros fabulosos, envenenamentos e vinganças. Além de apresentar personagens que retratam a realidade social de um mundo em transformação.
É a história de Mary Lennox, uma menina solitária que perde os pais em um surto de cólera na Índia e, como consequência, é enviada para uma mansão em Yorkshire para morar com seu tio. Cheia de incertezas ela encontra ânimo na natureza ao seu redor. E, quando descobre a existência de um jardim secreto nos terrenos da mansão e encontra a chave perdida, um mundo mágico se abre diante de seus olhos. A menina e a natureza desabrocham juntas, em um percurso repleto de companheiros improváveis e amigos para vida inteira. Em uma de suas obras mais aclamadas, Frances Hodgson Burnett toca o coração dos leitores.
O livro conta a história do fidalgo que perde o juízo e parte pelo país para lutar em nome da justiça. É um romance moderno com humor e reflexões relevantes. Dom Quixote é um clássico da literatura mundial. Para milhões de pessoas que tiveram contato com a obra, o Cavaleiro da Triste Figura representa a capacidade de transformação do ser humano em busca de seus ideais, por mais obstinada, infrutífera e patética que essa luta possa parecer.
É história dos Buendía, a estirpe de solitários para a qual não será dada “uma segunda oportunidade sobre a terra”, e apresenta o maravilhoso universo da fictícia Macondo, onde se passa o romance. É lá que acompanhamos diversas gerações dessa família, assim como a ascensão e a queda do vilarejo. O livro é considerado uma autêntica enciclopédia do imaginário, num estilo que consagrou Gabriel García Márquez como um dos maiores autores do século XX. “Cem anos de solidão” é uma obra grandiosa e atemporal, sobre a qual é possível construir diversos paralelos com a nossa própria existência.
Tendo como cenário a Dinamarca, mais precisamente o castelo de Elsinor, esta peça narra o destino do príncipe Hamlet, obrigado a executar um drástico ato de revanche contra seu tio, para vingar a morte do pai. A obra é considerada um dos maiores e mais fascinantes clássicos da literatura mundial. É para ser lida e relida inúmeras vezes
Este clássico apresenta uma história fantasmagórica de obsessão, vingança e paixões intensas. Na trama, o órfão Heathcliff é acolhido ainda criança pela família Earnshaw e apaixona-se pela pequena Catherine. O afeto, embora correspondido, transforma-se num amor impossível. Tal sentimento devastador é envolto por uma atmosfera sombria e um teor dramático e audacioso que consolidaram Emily Brontë como uma das rainhas da literatura inglesa.
“A cor púrpura” é a história de Celie, pobre, negra e praticamente analfabeta. Brutalizada desde a infância, a jovem foi estuprada pelo padrasto e depois forçada a se casar com Albert, um viúvo violento, pai de quatro filhos, que enxergava a esposa como empregada e lhe impunha sofrimentos físicos e morais rotineiramente. Celie escreve cartas para Deus e para a irmã, missionária na África, com uma linguagem peculiar que assume ritmo e cadência próprios e líricos. Por trás de triste história de Celie, há uma crítica ao poder dado ao homem em uma sociedade que ainda hoje luta por igualdade entre gêneros, etnias e classes sociais.
Elizabeth Bennet, de vinte anos, é um novo tipo de heroína, que não precisará de estereótipos femininos para conquistar o nobre Fitzwilliam Darcy e defender suas posições com perfeita lucidez de uma filósofa liberal. Lizzy é uma espécie de Cinderela esclarecida, iluminista, feminista. Neste livro, Jane Austen faz, também, uma crítica à futilidade das mulheres na voz dessa admirável heroína.
Narra a história de um assassino em busca de redenção e ressurreição espiritual. Dostoiévski chegou a explorar, como nenhum outro escritor de sua época, as mais diversas facetas da psicologia humana, sujeita a abalos e distorções. O fascinante efeito que produz a leitura de “Crime e castigo” poderia ser comparado à profundeza dos dramas gregos.
Os Livros Clássicos Mundiais Mais Vendidos da Amazon
Publicado em 1942, este romance explora temas de alienação, amor e moralidade através da história de Meursault, um homem indiferente que comete um ato de violência aparentemente sem motivo.
Uma obra monumental que abrange sete volumes, publicados entre 1913 e 1927. Proust mergulha profundamente nas memórias e reflexões de seu narrador, explorando temas de amor, arte e sociedade.
Uma história encantadora e filosófica sobre um príncipe que viaja por diferentes planetas, aprendendo lições valiosas sobre a vida e o amor ao longo do caminho. Foi publicado pela primeira vez em 1943.
Este romance, publicado em 1933, é uma exploração profunda da revolução e da natureza humana, ambientada durante a Revolução Chinesa de 1927.
Quais os 5 livros mais lidos do mundo?
Os livros mais lidos do mundo incluem títulos como “A Bíblia”, “O Alcorão”, “O Livro Vermelho” de Mao Tsé-Tung, “Dom Quixote” de Miguel de Cervantes e “Harry Potter” de J.K. Rowling. Estes livros têm influenciado gerações e culturas ao longo dos anos.
Qual clássico começar a ler?
Se você está procurando um clássico para começar, “Orgulho e Preconceito” de Jane Austen é uma excelente escolha.
É uma história envolvente que aborda questões de classe, amor e mal-entendidos, e a escrita de Austen é tão afiada hoje quanto era quando foi publicada pela primeira vez.
Qual o livro que todo mundo deveria ler?
uma recomendação de um livro que muitos consideram valioso e significativo para a leitura, sugiro “Dom Quixote” de Miguel de Cervantes.
Os livros clássicos para ler são muito mais do que páginas velhas de histórias do passado.
Eles são vivos, emocionantes e têm o poder de transformar a nossa forma de ver o mundo. Ler um clássico é como abrir a porta para um novo universo, cheio de descobertas e emoções que vão ficar com você por muito tempo.
Então, se você ainda não começou a explorar essas obras-primas, não perca mais tempo! Pegue aquele exemplar que está na sua estante há meses (ou anos) e se deixe levar por histórias que já conquistaram milhares de corações ao longo dos séculos. Acredite, você não vai se arrepender!