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FILANDRAS

FILANDRAS

Código: 9788501062727
Categoria: Contos e Crônicas
Editora: RECORD
R$ 54,90Fora de estoque
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"FILANDRAS marca a estréia da escritora mineira Adélia Prado na Editora Record, que vai reeditar sua obra, com um novo projeto gráfico. Coletânea de contos que tratam de amores, desejos, frustrações e sonhos. FILANDRAS, seu primeiro inédito desde 1996, revela uma contista sedutora e sutil por trás da aclamada poeta Adélia. Segundo dicionários Filandras seriam, entre outras definições, ""fios delgados e longos"", ""flocos que esvoaçam pelo ar e cobrem os vegetais"". Os contos de Adélia neste livro são realmente filandras - delicados fios esvoaçantes. Quando os alcançamos se desfazem como sonhos. As 43 histórias do livro podem, certamente, ser lidas separadamente. Mas ganham outra dimensão quando se começa a unir os fios, os pequenos detalhes que revelados em cada uma delas permitem construir a vida de seus personagens. As personagens de FILANDRAS - mulheres simples do interior e seu cotidiano - revelam aos poucos uma personalidade forte, mesmo quando submissas. Todos os contos têm como personagem principal mulheres. E que mulheres: a avoada Olinda; a racional Célia; a sedutora Calixtinha; a insegura Ester. Carolas, em crise, amélias, devotas e apaixonadas. Em uma segunda análise, as mulheres de Adélia são todas as mulheres do mundo. Repletas de nuances e fases (como a lua). Em Análise, por exemplo, a protagonista dispara: ""Natureza de mulher é de obedecer, de admirar, de servir, natureza de formiga, de abelha operária e gata no borralho, senão, meu deus, não sobra espaço para ela virar Cinderela"". Assim como as mulheres, o sentido de religiosidade está presente em grande parte dos contos do livro, retratando parte da realidade da vida no interior do Brasil. Muitas vezes, Adélia opta por expor conflitos entre o sagrado e o profano, como em Luz em resistência. Uma mulher revela seus pensamentos e desejos com um homem proibido. Ao mesmo tempo que a autora desvela o desejo, também cria barreiras ao homem, ora como um amigo, ora como um amante. FILANDRAS trata de amor, de desejo, de coisas e gentes a conquistar e as que ficaram pelo caminho - perdidas, largadas, esquecidas. Uma sinuosa viagem pelos caminhos do coração. Numa narrativa extremamente pessoal, Adélia volta a temas recorrentes em sua literatura: a vida provinciana, a religiosidade, as cores do campo, num espelho de sua própria experiência. Adélia Luzia Prado Freitas nasceu em Divinópolis, Minas Gerais, no dia 13 de dezembro de 1935, filha do ferroviário João do Prado Filho e de Ana Clotilde Corrêa. Leva uma vidinha pacata naquela cidade do interior: inicia seus estudos no Grupo Escolar Padre Matias Lobato e mora na rua Ceará. No ano de 1950 falece sua mãe. Tal acontecimento faz com que a autora escreva seus primeiros versos. Nessa época conclui o curso ginasial no Ginásio Nossa Senhora do Sagrado Coração, naquela cidade. No ano seguinte inicia o curso de Magistério na Escola Normal Mário Casassanta, que conclui em 1953. Começa a lecionar no Ginásio Estadual Luiz de Mello Viana Sobrinho em 1955. Em 1958 casa-se, em Divinópolis, com José Assunção de Freitas, funcionário do Banco do Brasil S.A. Dessa união nasceriam cinco filhos: Eugênio, Rubem , Sarah , Jordano (1963) e Ana Beatriz (1966). Antes do nascimento da última filha, a escritora e o marido iniciam o curso de Filosofia da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Divinópolis. Em 1972 morre seu pai e, em 1973, forma-se em Filosofia. Nessa ocasião envia carta e originais de seus novos poemas ao poeta e crítico literário Affonso Romano de Sant""""""""Anna, que os submete à apreciação de Carlos Drummond de Andrade. ""Moça feita, li Drummond a primeira vez em prosa. Muitos anos mais tarde, Guimarães Rosa, Clarisse. Esta é a minha turma, pensei. Gostam do que eu gosto. Minha felicidade foi imensa. Continuava a escrever, mas enfadara-me do meu próprio tom, haurido de fontes que não a minha. Até que um dia, propriamente após a morte do meu pai, começo a escrever torrencialmente e percebo uma fala minha, diversa da dos autores que amava. É isto, é a minha fala."" Em 1975, Drummond sugere a Pedro Paulo de Sena Madureira, da Editora Imago, que publique o livro de Adélia, cujos poemas lhe pareciam ""fenomenais"". O poeta envia os originais ao editor daquele que viria a ser Bagagem. No dia 9 de outubro, Drummond publica uma crônica no Jornal do Brasil chamando a atenção para o trabalho ainda inédito da escritora. ""Bagagem, meu primeiro livro, foi feito num entusiasmo de fundação e descoberta nesta felicidade. Emoções para mim inseparáveis da criação, ainda que nascidas muitas vezes do sofrimento. Descobri ainda que a experiência poética é sempre religiosa, quer nasça do impacto da leitura de um texto sagrado, de um olhar amoroso sobre você, ou de observar formigas trabalhando."" O livro é lançado no Rio, em 1976, com a presença de Antônio Houaiss, Raquel Jardim, Carlos Drummond de Andrade, Clarice Lispector, Juscelino Kubitscheck, Affonso Romano de Sant""""""""Anna, Nélida Piñon e Alphonsus de Guimaraens Filho, entre outros. O ano de 1978 marca o lançamento de O coração disparado, agraciado com o Prêmio Jabuti, da Câmara Brasileira do Livro. Estréia em prosa no ano seguinte, com Solte os cachorros. Ensinou no Instituto Nossa Senhora do Sagrado Coração, Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Divinópolis, Fundação Geraldo Corrêa - Hospital São João de Deus, Escola Estadual São Vicente e Escola Estadual Matias Cyprien, lecionando Educação Religiosa, Moral e Cívica, Filosofia da Educação, Relações Humanas e Introdução à Filosofia. Sua peça, O Clarão,um auto de natal escrito em parceria com Lázaro Barreto, é encenada em Divinópolis. ""O transe poético é o experimento de uma realidade anterior a você. Ela te observa e te ama. Isto é sagrado. É de Deus. É seu próprio olhar pondo nas coisas uma claridade inefável. Tentar dizê-la é o labor do poeta."" Em 1980, dirige o grupo teatral amador Cara e Coragem na montagem de O auto da compadecida, de Ariano Suassuna. Publica Cacos para um vitral. Lucy Ann Carter apresenta, no Departament of Comparative Literature, da Princeton University, o primeiro de uma série de estudos universitários sobre a obra de Adélia Prado. Em 1981 lança Terra de Santa Cruz. Os componentes da banda é publicado em 1984. Participa, em 1985, em Portugal, de um programa de intercâmbio cultural entre autores brasileiros e portugueses, e em Havana, Cuba, do II Encontro de Intelectuais pela Soberania dos Povos de Nossa América. Fernanda Montenegro estréia, no Teatro Delfim, Rio de Janeiro, em 1987, o espetáculo Dona doida: um interlúdio, baseado em textos de livros da autora. A montagem, sob a direção de Naum Alves de Souza, fez grande sucesso, tendo sido apresentada em diversos estados brasileiros e também nos EUA, Itália e Portugal. Apresenta-se, em 1988, em Nova York, na Semana Brasileira de Poesia, evento promovido pelo Comitê Internacional pela Poesia. É publicado A faca no peito. Participa, em Berlim, Alemanha, do Línea Colorada, um encontro entre escritores latino-americanos e alemães. Em 1991 é publicada sua Poesia reunida. Volta, em 1993, à Secretaria Municipal de Educação e Cultura de Divinópolis, integrando a equipe de orientação pedagógica na gestão da secretária Teresinha Costa Rabelo. Em 1994, após anos de silêncio poético, sem nenhuma palavra, nenhum verso, ressurge Adélia Prado com o livro O homem da mão seca. Conta a autora que o livro foi iniciado em 1987, mas, depois de concluir o primeiro capítulo, foi acometida de uma crise de depressão, que a bloquearia literariamente por longo tempo. Disse que vê ""a aridez como uma experiência necessária"" e que ""essa temporada no deserto"" lhe fez bem. Deus é personagem principal em sua obra. Ele está em tudo. Não apenas Ele, mas a fé católica, a reza, a lida cristã. ""Tenho confissão de fé católica. Minha experiência de fé carrega e inclui esta marca. Qual a importância da religião? Dá sentido à minha vida, costura minha experiência, me dá horizonte. Acredito que personagens são alter-egos, está neles a digital do autor. Mas, enquanto literatura, devem ser todos melhores que o criador para que o livro se justifique a ponto de ser lido pelo seu autor como um livro de outro. Autobiografias das boas são excelentes ficções."" Estréia, em 1996, no Teatro Sesiminas, em Belo Horizonte, a peça Duas horas da tarde no Brasil, texto adaptado da obra da autora por Kalluh Araujo e pela filha de Adélia, Ana Beatriz Prado. São lançados Manuscritos de Felipa e Oráculos de maio. Em maio, participa da série ""O escritor por ele mesmo"", no ISM-São Paulo. Em Belo Horizonte é apresentado, sob a direção de Rui Moreira, O sempre amor, espetáculo de dança de Teresa Ricco baseado em poemas da escritora. Adélia costuma dizer que o cotidiano é a própria condição da literatura. Morando na pequena Divinópolis, cidade com aproximadamente 200.000 habitantes, estão em sua prosa e em sua poesia temas recorrentes da vida de província, a moça que arruma a cozinha, a missa, um certo cheiro do mato, vizinhos, a gente de lá. ""Alguns personagens de poemas são vazados de pessoas da minha cidade, mas espero estejam transvazados no poema, nimbados de realidade. É pretensioso? Mas a poesia não é a revelação do real? Eu só tenho o cotidiano e meu sentimento dele. Não sei de alguém que tenha mais. O cotidiano em Divinópolis é igual ao de Hong Kong, só que vivido em português."" Em 2000, estréia o monólogo Dona da casa, em São Paulo, adaptação de José Rubens Siqueira para Manuscritos de Felipa. A direção é de Georgette Fadel e Élida Marques interpreta Felipa. "
AcabamentoBrochura
Páginas160
Formato14x21
Lombada1.3
Altura1.3
Largura14
Comprimento21
Data de publicação16/11/2001
1
Código de Barras9788501062727

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